Obesidade e testosterona: os impactos do excesso de peso na libido

Entenda como obesidade e testosterona se relacionam, como isso impacta na sua vida sexual e o que fazer para melhorar.

A relação entre obesidade e testosterona é um tema que chama bastante a atenção, principalmente pelo impacto que isso pode gerar na saúde sexual masculina.

A testosterona é o principal hormônio masculino, essencial para o desenvolvimento dos órgãos sexuais, além de desempenhar papel importante na libido, na função erétil e no bem-estar geral. No entanto, estudos demonstram que o excesso de peso, especialmente o acúmulo de gordura visceral, pode reduzir significativamente os níveis desse hormônio.

Quer saber o que isso realmente significa na prática? Então, confira os tópicos abaixo e entenda como o excesso de peso pode afetar diretamente sua saúde hormonal e sua vida sexual.

A obesidade reduz os níveis de testosterona circulante

Homens com sobrepeso ou obesidade costumam apresentar uma queda nos níveis de testosterona, mas isso nem sempre significa que há um problema hormonal grave. O hipogonadismo verdadeiro é quando há uma falha permanente nos testículos ou no cérebro (hipotálamo e hipófise), que impede a produção normal do hormônio.

Já no caso da obesidade, essa redução é causada por fatores como inflamação, excesso de gordura e alterações no metabolismo — um quadro chamado de pseudo-hipogonadismo da obesidade.

Assim sendo, há uma queda leve a moderada da testosterona total e da SHBG, proteína que transporta o hormônio no sangue. Isso reduz a testosterona livre — a forma ativa do hormônio — e pode causar sintomas como cansaço, baixa libido e disfunção erétil, especialmente a partir dos 40 anos.

É importante salientar que, diferentemente do hipogonadismo verdadeiro, esse quadro pode ser reversível com a perda de peso e mudanças no estilo de vida.

A gordura interfere na produção hormonal

Quando há excesso de gordura no corpo, principalmente na região abdominal, ela começa a agir como um órgão inflamatório, liberando substâncias que atrapalham o funcionamento normal do organismo. Uma das consequências é a dificuldade na produção de testosterona, já que essa inflamação constante prejudica o eixo hormonal que controla esse processo.

Além disso, o próprio tecido gorduroso tem uma enzima chamada aromatase, que transforma a testosterona em estrógeno (um hormônio mais presente nas mulheres). Ou seja: quanto mais gordura, mais testosterona é convertida em outro hormônio, contribuindo para a queda nos níveis e afetando a libido, o desejo e a energia.

Como a baixa testosterona afeta a libido

A testosterona é o principal hormônio responsável pelo desejo sexual masculino. Dessa forma, quando ela está em baixa, é comum notar desânimo, perda de interesse pelo sexo, dificuldade de ereção e sensação de cansaço constante. Esses sinais muitas vezes são ignorados ou atribuídos apenas à rotina, mas podem estar ligados ao excesso de peso e ao desequilíbrio hormonal causado por ele.

O impacto na vida sexual pode ser grande, afetando não só a autoestima, mas também os relacionamentos. Por isso, é importante investigar e tratar as causas, e não apenas os sintomas.

Reposição hormonal nem sempre é a melhor escolha

Ao perceber a queda de testosterona, muitos homens pensam imediatamente em reposição hormonal. Mas essa nem sempre é a solução mais indicada, principalmente quando a causa do problema é a obesidade. Em muitos casos, perder peso e adotar hábitos mais saudáveis já é suficiente para normalizar os níveis hormonais e recuperar a libido e a disposição.

Porém, a terapia com testosterona é recomendada quando existe hipogonadismo verdadeiro, confirmado com exames e sintomas consistentes. Fora isso, o uso inadequado pode trazer riscos, como infertilidade e aumento do risco cardiovascular. Ou seja, o melhor é sempre contar com avaliação médica especializada.

A relação entre obesidade e testosterona é mais próxima do que muitos imaginam. O excesso de peso pode afetar diretamente os níveis hormonais e comprometer a saúde sexual e o bem-estar masculino. Mas, na maioria dos casos, esse desequilíbrio é reversível com mudanças no estilo de vida.

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