O excesso de peso é um fator de risco para diabetes

Diabetes e obesidade: entenda a relação, os impactos para seu metabolismo e o que é importante para a prevenção.

A relação entre excesso de peso e diabetes tipo 2 é amplamente reconhecida pela ciência. O acúmulo de gordura corporal em excesso não é simplesmente uma questão estética, mas um dos principais fatores que aumentam o risco de desenvolver essa condição. Estima-se que pessoas com obesidade tenham até seis vezes mais chances de desenvolver diabetes tipo 2 em comparação com aquelas que estão dentro do peso adequado.

Mas por que isso acontece? A seguir, você vai entender os mecanismos dessa relação e a importância da prevenção.

Como o excesso de peso afeta o metabolismo

Inicialmente, precisamos compreender que o tecido adiposo (a gordura corporal) não é apenas uma reserva de energia. Na verdade, ele atua como um órgão ativo, produzindo substâncias chamadas adipocinas, que regulam diversas funções do corpo, incluindo a ação da insulina.

Dessa maneira, quando há excesso de gordura, principalmente na região abdominal, ocorre um desequilíbrio. Ou seja, aumenta a resistência à insulina, dificultando a entrada da glicose nas células e elevando os níveis de açúcar no sangue.

Resistência à insulina é um fator importante

A resistência à insulina é um dos primeiros sinais do impacto do excesso de peso. Nesse quadro, os músculos, fígado e outros tecidos deixam de responder corretamente ao hormônio insulina, responsável por controlar a glicemia.

Para compensar, o pâncreas aumenta a produção de insulina. Com o tempo, porém, as células β pancreáticas podem se desgastar, resultando no desenvolvimento do pré-diabetes e, em seguida, do diabetes tipo 2.

A gordura abdominal representa perigo

Mais do que o peso total, a distribuição da gordura é um fator determinante no risco de diabetes. Assim sendo, a gordura acumulada na região abdominal (visceral) libera ácidos graxos e substâncias inflamatórias diretamente na circulação, comprometendo ainda mais a ação da insulina.

Por isso, medidas como a circunferência abdominal são importantes indicadores de risco. Pessoas com cintura acima de 100 cm já apresentam maior probabilidade de desenvolver diabetes, mesmo que não tenham obesidade grave.

Inflamação silenciosa e complicações

Outra questão que merece atenção é o excesso de gordura. Esse fator também promove um estado de inflamação crônica de baixo grau, no qual o corpo libera continuamente substâncias inflamatórias.

Essa inflamação está ligada tanto à resistência à insulina quanto a outras complicações metabólicas, como dislipidemia, hipertensão e doença hepática gordurosa. Percebe como o excesso de peso multiplica os riscos para a saúde como um todo?

A importância da perda de peso na prevenção

Apesar de todos os pontos mencionados, é importante destacar que mesmo uma redução modesta de peso pode trazer grandes benefícios. Estudos mostram que perder entre 5% e 10% do peso corporal já melhora significativamente a sensibilidade à insulina e ajuda a normalizar os níveis de glicose.

Isso pode ser alcançado com mudanças graduais nos hábitos: alimentação equilibrada, prática regular de atividade física e acompanhamento médico. Essas medidas reduzem o risco de diabetes e também de outras doenças associadas à obesidade.

O excesso de peso é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento do diabetes tipo 2, especialmente quando há acúmulo de gordura abdominal. Felizmente, é possível agir de forma preventiva, cuidando do peso e mantendo a glicemia sob controle para evitar complicações futuras.

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